
Manaus (AM) – Um desabafo corajoso e comovente da cirurgiã-dentista e influenciadora digital Iolanda Martins, feito nas redes sociais nesta quinta-feira (5), expôs uma grave denúncia de violência doméstica. Segundo Iolanda, ela foi agredida pelo próprio marido, o coronel da Polícia Militar do Amazonas, Marcos Vinicius Poinho Encarnação.
Com mais de 12 mil seguidores em seu perfil no Instagram (@draiolandamartins), Iolanda usou a rede social para tornar público um drama que, segundo ela, vem se repetindo há mais de uma década. “Na noite de ontem, eu fui agredida pelo meu esposo, aquele que deveria cuidar e zelar de mim, me arruinou”, escreveu em um post que rapidamente gerou grande repercussão.

Violência silenciosa desde 2012
No relato, a dentista afirma que as agressões não são recentes. De acordo com Iolanda, os episódios de violência começaram em 2012, mas foram sendo silenciados ao longo dos anos por medo, vergonha e pela tentativa de manter a família unida. “Eu que mascarava tudo pela minha família”, desabafou.
O casal estaria junto há 17 anos, conforme registros públicos publicados por eles ao longo do tempo. A denúncia gerou comoção entre os seguidores, que inundaram os comentários com mensagens de apoio, solidariedade e incentivo à busca por justiça.
Repercussão e expectativa por investigação
Até o momento, o coronel Marcos Encarnação não se pronunciou oficialmente sobre as acusações. A expectativa é que o caso seja investigado com rigor e imparcialidade pelas autoridades competentes, dada a gravidade das alegações e a posição de poder ocupada pelo acusado dentro da corporação.
Organizações de defesa dos direitos das mulheres já estão se manifestando e cobrando ações imediatas para garantir a proteção da vítima e a devida apuração dos fatos. O caso chama atenção não apenas pela posição do acusado, mas também por representar mais um exemplo de que a violência doméstica pode atingir qualquer mulher, independentemente da profissão, classe social ou visibilidade pública.
O silêncio precisa acabar
O relato de Iolanda Martins reacende um debate urgente: quantas mulheres ainda vivem em silêncio, com medo de denunciar? Romper o ciclo da violência exige coragem, mas também o apoio da sociedade, das instituições e da justiça. Casos como este não podem ser ignorados, tampouco tratados com descaso.
Se você ou alguém próximo está passando por uma situação de violência doméstica, ligue 180. A Central de Atendimento à Mulher funciona 24 horas por dia, de forma gratuita e confidencial.